sábado, 27 de março de 2010

3000 mulheres caminham 116 quilômetros por suas reivindicações


''Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!”.

Milhares de mulheres de todo o Brasil marcharam por 116 quilômetros, de 08 a 18 de março, na terceira Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres. O objetivo desta Ação é conquistar avanços e melhorias para a vida das mulheres brasileiras, denunciar o capitalismo patriarcal e expressar solidariedade com as mulheres de todo o mundo e celebrar os “100 anos do Dia Internacional da Mulher”.

A Marcha também propiciou um grande reencontro dos diversos Movimentos Feministas com os demais Movimentos Sociais como: Movimento dos Sem Terra - MST, Movimento dos Atingidos por Barragens- MAB e Movimento de Mulheres Camponesas- MMC, além das organizações como a Central Única dos Trabalhadores - CUT, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – Contag Consulta Popular, União Nacional dos Estudantes - UNE e diversos partidos políticos.

Temos certeza que estes movimentos sociais contribuem e contribuirão para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde mulheres e homens sejam de fato livres e possam ter garantidos seus direitos.

"A Marcha Mundial das Mulheres 2010, foi para mim uma experiência gratificante, onde fiz ótimas amizades, conheci lugares lindos e pessoas maravilhosas. Durante as caminhadas, quando o cansaço batia, a saudade de casa chegava era só ouvir o hino da " Marcha ", que as forças voltavam, e ver o rosto das mulheres mais próximas de mim, ficava imaginando a luta do dia a dia de cada uma, que estava ali marchando pelo mesmo ideal, tudo isso foi muito bom. O que mais me marcou foi o dia que passamos na cidade de Várzea Paulista, tudo lá foi maravilhoso, principalmente o show das cantoras: Ellem e Leci Brandão. E em todos os dias os debates e palestras que sempre encerrava com o grito:"MARCHAREMOS ATÉ QUE TODAS SEJAMOS LIVRES ", foi de arrepiar. Valeuuuuu. (Maria Amélia)

''Foi um momento muito rico para quem pode vivenciar e experimentar o cansaço, a exaustão, as emoções de riso e choro, de raiva e esperança, de dor, solidão e solidariedade, pois pudemos sentir na pele o que chamamos de liberdade e autonomia. Para mim a diversidade mais me questionou, éramos mulheres camponesas, indígenas, ribeirinhasas, praieiras, urbanas, jovens, adultas e idosas, negras, brancas, héteros e lésbicas, estudantes, trabalhadoras rurais e urbanas, de diferentes credos e partidos políticos, vindas de todas as regiões do País. Juntas compartilhamos momentos de solidariedade, confidências, pactuação e de resistência a um machismo que se expressava a todo momento nos gestos, nas palavras de homens e mulheres que se irritavam com a beleza e ousadia de nossa marcha. Momentos que nunca mais esqueceremos''. Comentou Maria Isabel participante e integrante da Marcha.

As mulheres paulinenses também participaram e deram sua contribuição nesta Ação, durante todo o processo de construção deste evento, presentes no Comitê Regional da MMM e na preparação das mulheres, em três oficinas que ocorreram em nossa cidade.

O que é Marcha Mundial das Mulheres?“Não existe libertação individual, toda libertação é coletiva”.(Iolanda, de São Paulo)A Marcha Mundial das Mulheres é um movimento feminista internacional que nasceu no ano 2000. A inspiração para sua criação a manifestação realizada em 1995, no Canadá, quando 850 mulheres marcharam 200 quilômetros, pedindo, simbolicamente, “Pão e Rosas”.

A Marcha já realizou duas ações internacionais, em 2000 e 2005. A primeira contou com a participação de mais de 5 mil grupos de 159 países e territórios. Naquele ano as militantes entregaram à Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, um documento com 17 pontos de reivindicação, apoiado por cinco milhões de assinaturas.

A segunda ação mundial, em 2005, levou milhares de mulheres às ruas e construiu a Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade. Nela, expressa sua visão acerca de alternativas econômicas, sociais e culturais para a construção de um mundo fundado nos princípios da igualdade, liberdade, justiça, paz e solidariedade entre os povos e seres humanos em geral, com respeito ao meio ambiente e à biodiversidade. De março a outubro daquele ano as feministas construíram uma grande Colcha Mosaico Mundial de Solidariedade, composta por um retalho de cada país. Tanto a carta quanto a colcha viajaram por 53 países e territórios dos cinco continentes.

A terceira ação, realizada este ano no Brasil, baseou-se em quatro eixos: autonomia econômica das mulheres; bens comuns e serviços públicos (contra a privatização da natureza e dos serviços públicos); fim da violência contras as mulheres; paz e desmilitarização. Os temas foram discutidos durante os dez dias de caminhada.Entre as reivindicações levantadas estão a criação de aparelhos públicos que liberem as mulheres do serviço doméstico, a não privatização de nossos recursos naturais, o aumento do salário mínimo, o fim de todas as formas de violência contra a mulher, a realização da reforma agrária e a legalização do aborto (um tema bastante polêmico da atividade – veja depoimentos abaixo).

Um segundo momento da Marcha Mundial de 2010 ocorrerá de 7 a 17 de outubro, culminando com um encontro de feministas dos cinco continentes em Kivu do Sul, no Congo (África). A Marcha Mundial reúne militantes da cidade, do campo e da floresta, jovens, adultas e idosas, trabalhadoras rurais e urbanas, lésbicas, estudantes.

Alguns dados da MarchaParticipantes: cerca de 3000 mulheres, de 25 estados do paísMaior delegação: Rio Grande do Norte, com 350 participantesDistância percorrida: 116 quilômetrosDuração: 10 diasInício e encerramento: atos públicos em Campinas (SP) e São Paulo (SP)Cidades visitadas: Campinas, Valinhos, Vinhedo, Louveira, Jundiaí, Várzea Paulista, Cajamar, Osasco e São Paulo, além dos distritos de Jordanésia e Perus.

Tema da marcha“Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”
Alimentação
· 50 mil litros de água potável· uma tonelada de feijão· duas toneladas de arroz· uma tonelada de carne moída· outros alimentos (como macarrão, legumes e frutas)
Curiosidades
. 75 mulheres compuseram a Comissão de Alimentação, cozinhando para as participantes da Marcha.· A delegação do Rio Grande do Norte viajou três dias de ônibus para chegar à atividade.
· As mulheres caminhavam pela manhã e, à tarde, realizavam atividades de formação. Elas ficaram alojadas em ginásios e tendas.
· A atividade reuniu militantes de diversos movimentos sociais, centrais sindicais, partidos políticos e outras entidades.
· Participaram de atividades da Marcha personalidades como Aleida Guevara (filha de Che Guevara), socióloga Helena Hirata (anistiada no último dia 08 de março) e a cantora Leci Brandão, além de diversas mulheres como palestrantes nas atividades de formação e oficinas.
· A cada dia uma delegação diferente assumia a coordenação da caminhada, com músicas regionais, palavras de ordem de suas regiões e outros elementos, valorizando a diversidade das participantes e incentivando a criatividade e a cultura ao longo da Marcha.
· Em Valinhos as duas mil caminhantes foram recebidas com chuva de pétalas de rosas e distribuição de pães, em alusão à Marcha Pão e Rosas (1995, no Canadá).
· Em Várzea Paulista as mulheres plantaram ipês roxos em um trevo da cidade, em agradecimento à acolhida à Marcha.
.A Marcha foi hostilizada por alguns motoristas ao longo da estrada, com gritos preconceituosos como “Vai trabalhar” ou “Vai lavar louças” – as mulheres respondiam criativamente, com algumas das palavras de ordem abaixo reproduzidas. Nas cidades visitadas, no entanto, foi comum receber acenos e aplausos da população.
· Em uma das oficinas realizadas durante a Marcha, as mulheres aprenderam a costurar vestidos e produziram roupas gigantes para duas bonecas apelidadas carinhosamente de “Caminhantes”. Inspiradas nos bonecos do carnaval de Olinda (PE), elas seguirão para o Congo para representar o Brasil no encerramento da 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial.
· Entre Perus a Osasco, ao passaram em frente à sede do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), as participantes entoaram palavras de ordem e cantos de protesto contra a mercantilização do corpo das mulheres e a criminalização dos movimentos sociais, promovida pela mídia comercial brasileira.
Diante do Centro de Distribuição do Grupo Pão de Açúcar, sobraram vaias para o empresário Antônio Ermírio de Moraes (dono do Grupo Pão de Açúcar), tendo por pano de fundo a luta por soberania alimentar e pelo fortalecimento da agricultura camponesa e familiar.

Atividades adicionais desenvolvidas

· Debates, oficinas e paineis com os temas: trabalho doméstico e de cuidados; economia solidária e feminista; saúde da mulher e práticas populares de cuidado; sexualidade, autonomia e liberdade; educação não sexista e não racista; mulheres negras e a luta antirracista; mulheres indígenas; a mídia contra-hegemônica e a luta feminista; a mercantilização do corpo e da vida das mulheres; prostituição; mulheres, arte e cultura; aborto; pedofilia; tráfico de mulheres; dentre outros.

·Peças teatrais
.Shows musicais
·Atividades e apresentações com danças regionais (quadrilha quilombola, bumba-meu-boi, batuque de terreiro, tambor de criola etc)
· Exposições de fotos e vídeos da caminhada
· Beijaço de militantes contra a lesbofobia

Algumas palavras de ordem da caminhada

·“João, João, cozinha o seu feijão. José, José, cozinha se quiser. Zeca, Zeca, lava sua cueca. Raimundo, Raimundo, limpa esse chão imundo”.· “Se cuida, se cuida, se cuida, seu machista. A América Latina vai ser toda feminista”.· “Você não quer, nem mesmo eu, ouvir falar da Kátia Abreu” (referência das delegações do Distrito Federal e do Tocantis à parlamentar do DEM, porta-voz da bancada ruralista no Congresso Nacional).· “Cadê o homem que engravidou? Por que o crime é da mulher que abortou?” (durante os polêmicos debates sobre o aborto.

Alguns depoimentos

“Cada vez mais as mulheres sustentam sozinhas suas famílias, e [é preciso] poder decidir a melhor forma de como fazer isso. Quer dizer, tendo empregos com qualidade, com direitos, com salário justo ou então tendo condições de produzir, no caso das mulheres que vivem no campo, das artesãs, das comerciantes. Que elas possam trabalhar em boas condições e viver do seu trabalho.” (Miriam Nobre, da coordenação da Marcha)
“Enquanto ela a mulher limpa o peixe, prepara comida, cuida de menino, o marido está na rede dormindo. (...) Tive sete filhos, mas nunca deixei de fazer nada por causa deles nem do marido, porque eu ganhava meu próprio dinheiro. Quando eu me preparava para sair e meu marido reclamava que estava com dor de cabeça, eu dizia logo para ele tomar um comprimido e pronto. Que mais eu posso fazer? Não sou médica!” (Sônia, pescadora na Bahia)
“As pessoas tendem a naturalizar a responsabilidade das mulheres pelo trabalho doméstico e pelos cuidados com os familiares, sem perceber que essa obrigação é socialmente imposta.” (Neusa, do Rio Grande do Sul)
“De forma quase inconsciente, muitas mulheres reproduzem a divisão sexual do trabalho na criação dos filhos.” (Fabiana, do Rio Grande do Norte)
“Durante a faculdade, mesmo quando já morava só, tinha dificuldade de passear nos fim-de-semana, porque desde pequena aprendi que sábado era dia de faxina.” (Sueli, de Minas Gerais)
“Além da divisão igualitária do trabalho doméstico entre homens e mulheres, nossa luta é também para que haja mais serviços públicos, como creches gratuitas de qualidade. Assim homens e mulheres poderão trabalhar e estudar”. (Iolanda, de São Paulo)
“Meu marido, que antes de nos casarmos se virava só, deixou de fazer qualquer atividade na casa. Mas eu fui trabalhar fora, entrei para o movimento de mulheres e, aos poucos, a postura dele está mudando. Hoje cedo ele já me telefonou para perguntar como está a Marcha, para demonstrar solidariedade”. (Genoveva, Rio Grande do Norte)
“A Organização de Mulheres Indígenas de Roraima iniciou uma campanha de conscientização contra o álcool nas aldeias. A bebida está ligada a maior parte dos casos de violência contra mulheres e prostituição”. (Olga Macuxi, de Roraima, participou da luta pela homologação da Raposa Serra do Sol. Além das indígenas de Roraima, também marcharam mulheres do povo Sateré-Maué, do Amazonas, e do povo Tupinambá, da Bahia)

“Dos 46 mil presidiários de Minas Gerais, 38 mil são negros. Para as presas, os maus tratos são ainda mais intensos. Ao contrário dos homens, elas não têm direito a visita íntima e, se forem lésbicas e se beijarem, passam uma semana na solitária. Se forem pegas em algum contato mais íntimo, o castigo dura três meses. (...) Tenho quatro filhos biológicos e mais quatro adotivos. Um deles começou a roubar. A sociedade nunca me agradeceu pelos sete cidadãos responsáveis que criei, mas estou cansada de escutar: ´Só podia ser preta, por isso o filho é ladrão”. (Maria Teresa, de Minas Gerais)
“Elas me contaram que eram abordadas à noite por policiais preocupados, que lhes perguntavam ´Por que vocês estão neste desconforto? Por que não se prostituem para ter renda? (...) O fato é que na praça onde as japonesas dormiam havia muitos homens, mas ninguém lhes perguntava por que eles não vendiam seu corpo para sair da miséria”. (Helena Hirata, socióloga, vive há 40 anos na França, para onde se mudou quando foi exilada pela ditadura militar. Em 8 de Março, quando começava a caminhada de Campinas a São Paulo, obteve oficialmente sua anistia)
“A luta socialista está vinculada à luta feminista. Antes era comum as mulheres ouvirem dos militantes de esquerda: ´Companheiras, vamos lutar juntas, primeiro a gente transforma o sistema, depois cuida da situação da mulher´”. (Helena Hirata)
“Nosso grande desafio é lutar pelos direitos daquelas que estão no mercado informal. Além das trabalhadoras domésticas, outra categoria precária composta majoritariamente por mulheres é a das consultoras de venda. A qualquer congresso que você vá, há militantes vendendo Natura, Avon, Herba Life”. (Rosane Silva, palestrante de um dos eventos)
“O beijaço é um ato político de ação direta. Pode até chocar, mas a idéia é naturalizar algo que já é natural. Isso que vocês estão vendo é realidade na vida de muitas mulheres, que sofrem preconceito”, Valda Neves, do Rio Grande do Sul)“As sementes, a água e a terra devem estar em controle de quem produz os alimentos, não das multinacionais do agronegócio”. (Nívea Regina da Silva, da direção do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)
“No Brasil, o percentual de terras em nome das mulheres, seja como únicas titulares ou em conjunto com um homem, está estimado entre 7 a 9% do total. E esse valor baixo ainda é fruto de uma árdua conquista, porque até a Constituição Federal de 1988, as camponesas sequer eram oficialmente reconhecidas”. (Isaura Isabel Conte, dirigente do Movimento de Mulheres Camponesas)
“Nós fazemos questão de mostrar nossa cultura às mulheres daqui, que vêm de todos os estados do Brasil, porque no Maranhão ela não está sendo valorizada”. (Maria Tereza Bittencourt, do Maranhão)

“Aborto é crime. Sou totalmente contra”. (Luciene, de Monte Alegre, Minas Gerais)
“Sou a favor nos casos previstos em lei: quando a mulher foi estuprada ou corre risco de vida”. (Diva, de Teresina, Piauí)

“A gente sabe que tem muita gente que se diz contra já abortou, mas não admite. Tem clínica clandestina de primeiro mundo na Raposo Tavares [rodovia paulista], atrás de uma borracharia, custa R$ 6 mil reais para interromper a gravidez”. (Vanda, de São Paulo)
“Quem tem dinheiro, faz aborto com segurança. Quem não tem, corre risco de vida”. (Maiara, do Amazonas)
“Quando dizemos que consideramos o aborto um crime, precisamos parar e refletir o que isso significa. Queremos que as mulheres que abortaram sejam julgadas, condenadas e presas? E por que só elas e não os homens que as engravidaram?” (Tatau Godinho, de São Paulo)
“O aborto é uma questão de saúde pública” (Izalene Tiene, de Campinas, São Paulo)

“Os homens jovens vivenciam 2,5 vezes mais a experiência do aborto, em média, em suas vidas, do que as mulheres. Mas a indústria farmacêutica, para eles, faz o Viagra. E para as mulheres, anticoncepcional”. (Carol, caminhante)
“A maioria dos intelectuais cubanos é composta por mulheres. Elas representam 63,8% dos médicos gerais e 65% dos graduados em nível superior. Em Cuba, o aborto é legalizado e a licença maternidade dura 12 meses, podendo ser dividida entre a mãe e o pai. (...) Eu nasci em um país socialista, onde a mulher é tratada com respeito e igualdade de direitos. Não podemos dar receitas, nem dizer o que vocês precisam fazer. Mas podemos mostrar nossa realidade e dizer que, se um país pequeno e pobre como o nosso conseguiu, o Brasil também consegue”. (Aleida Guevara, de Cuba, filha de Ernesto Che Guevara)
“Lutamos pelo aumento do salário mínimo, pela construção de creches públicas de qualidade, pela legalização do aborto. São demandas que se chocam com os valores da sociedade patriarcal, racista e capitalista na qual vivemos. Por isso nossa batalha é árdua, é transformadora, já que o neoliberalismo na década de 1990 conquistou corações e mentes”. (Vera Soares, militante da Marcha)
“Um exemplo de solidariedade regional foi o Brasil não ter reconhecido o governo golpista de Honduras. Mas eu me pergunto, caso o golpe tivesse sido aqui, se teríamos persistido na resistência a ele, como fez o povo de Honduras. Receio que não, porque a esquerda do Brasil está esfacelada e bastante desacreditada”. (Ângela Silva, de São José dos Campos, São Paulo)
“O Estado, tal qual o conhecemos, historicamente foi construído pela imposição. E a disputa para ocupar seus espaços e cargos tem dividido os movimentos sociais brasileiros”. (Terezinha Vicente Ferreira, da Articulação Mulher e Mídia).
“Nós do MST sabemos bem, na pele, como dói dificuldade de integração com a sociedade. A Marcha Mundial das Mulheres cumpre um pouco esse papel de integração dos movimentos”. (Elaine, do MST da Bahia)

A Marcha expressou nesses dez dias a força e irreverência das mulheres organizadas enquanto sujeitos sociais. O movimento feminista do Brasil avançou porque buscou concatenar toda a energia dessas mulheres guerreiras para enfrentar toda forma de opressão capitalista. A marcha foi e continuará sendo sem dúvida, o revigoramento coletivo e a possibilidade de sonhar com os pés fincados no chão, com raízes profundas, cabeças erguidas mirando o horizonte e segurando firme as bandeiras que tremulam, enquanto soam gritos fortes por liberdade.

Fontes:
http://www.brasildefato.com.br - www.sof.org.br - Blog TrezentosFotos de diversas autoras e autores. Especiais de João ZinclairA construção deste texto foi uma experiência muito prazerosa, produzido a seis mãos e outras que se encontraram:Maria Isabel da Cruz – Administradora e militante do grupo de mulheres na Periferia de CampinasMaria de Fátima Barbosa – Socióloga e Assessora do vereador Custódio Campos de PaulíniaJefferson Lee de Souza Ruiz - Bacharel e mestrando em Serviço Social pela UFRJ e Assessor político do Conselho Regional de Serviço Social – RJ.Rogério Novaes/Izalene/Custódio.

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